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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Convento das Mercês comemora 360 anos de fundação com programação cultural variada



Quando começou a ser construído, em 1654, o Convento das Mercês tinha uma modesta estrutura em taipa coberta de palha. E apenas no ano seguinte a capela-mor seria erguida em um terreno adicional, com a reedificação das instalações em pedra e cal. Decorridos 360 anos da fundação, o prédio monumental no atual bairro do Desterro, com 5,8 mil metros quadrados de área construída, representa hoje um símbolo arquitetônico do período colonial em São Luís. Para comemorar essa história, a Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), vinculada à Secretaria Estadual da Educação, promove este mês uma programação variada.

“A Fundação veio realmente fortalecer o elo com a cultura e a história, e com a necessidade de cultuarmos a memória e conhecermos quem somos, para sermos melhores no futuro”, disse a O Imparcial a presidente da FMRB, Anna Graziella Santana Neiva, destacando a expectativa de aumentar a participação de visitantes na programação, uma vez que o mês de junho tradicionalmente atrai um grande contingente de turistas à cidade, em busca das peculiares festividades nos arraiais. Ela informou que cerca de 2,5 mil pessoas visitam por mês o equipamento cultural, detentor de um rico acervo museológico e bibliográfico.

Com a plateia lotada, as comemorações tiveram início ontem, com apresentações de grupos que participam do 3º Festival de Música Barroca de Alcântara. Além disso, foi aberta a exposição Conventos das Mercês, 360 anos: templo do conhecimento e da memória, que no formato de uma linha do tempo conta momentos marcantes da história do prédio, através de fotos do acervo audiovisual da instituição, reproduzindo imagens preservadas na primeira década do século passado. Dividida em três períodos (religioso, civil e militar, e patrimonial), a mostra compreende desde a chegada da Ordem dos Mercedários, fundadora da igreja e do convento, até a fase atual, com o funcionamento da FMRB.

Arraial e bumba meu boi
Incrementando as festividades juninas da cidade, amanhã (11), a partir das 18h, realiza-se o Arraial das Mercês. A programação tem início com a Banda do Bom Menino das Mercês executando um repertório tradicional que inclui quadrilhas, xote, xaxado e baião, assim como toadas de bumba meu boi. A seguir, o terreiro das Mercês passa a ser ocupado pelos integrantes do Tambor de Crioula de Apolônio, que recentemente participou da temporada da Festa do Divino na Ilha. Trazendo ao público uma verdadeira miscelânea cultural com toadas de todos os sotaques do bumba meu boi maranhense, além de cacuriá, Tambor de Crioula, dança do côco e quadrilha, a trupiada do Boizinho Barrica se apresenta a partir das 20h. E a festa do arraial prossegue com os brincantes do Boi de Nina Rodrigues, de sotaque de orquestra.

Por ocasião do Arraial das Mercês, a FMRB planeja homenagear uma das principais manifestações culturais do estado, com a abertura da exposição Bumba meu boi e as cores do Maranhão. A mostra é composta de paineis assinados pela arquiteta Letícia Desterro, representando os cinco sotaques, os personagens e as etapas do auto do bumba meu boi. Além disso, expõem-se couros de bois e indumentárias de grupos da cidade. “A Fundação prestigia o que é nosso por entender que o maranhense é um povo de cultura forte e tem que ser reverenciado”, disse Anna Graziella Santana Neiva, informando que a exposição permanece até o fim de junho.

Outra estratégia moderna de atrair novos visitantes ao equipamento cultural do Desterro são os flashmobs, ou encenações surpresa que foram planejadas para ocorrer durante o mês em pontos variados da cidade, como espaços abertos e shopping centers, contextualizando vários momentos históricos ligados ao Convento das Mercês.

Exposição permanente
Contar de forma contemporânea e contextualizada a história do Brasil. De acordo com Ana Graziella, este é o principal objetivo da exposição permanente que funciona em uma das galerias do Convento das Mercês. Segundo ela, o acervo digitalizado compreende mais de 5 mil documentos, que rememora a fase de redemocratização do Brasil, na década de 1980.

Acompanhando a reportagem ao museu, a guia Theresa Nascimento esclareceu que a exposição permanente é formada de objetos que foram presenteados ao senador e ex-presidente José Sarney no decorrer de sua trajetória política, especialmente quando ocupou a chefia do Poder Executivo no país. Em diferentes espaços, as peças preservadas contam a história da República, representada em objetos e na galeria de retratos dos presidentes brasileiros. Outro setor traz o lado intelectual de José Sarney, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e autor de diversos títulos, dos quais se expõem exemplares de diferentes edições. Em um salão, inúmeras obras de arte recebidas pelo político e escritor.

Com entrada gratuita, o museu fica aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h; e aos sábados das 8h às 12h.

Fonte: O Imparcial

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