Noticiado
em primeira mão por O PROGRESSO em 14 de maio de 2011, agora é somente
uma questão de detalhes. A Azul Linhas Aéreas vai operar em Imperatriz já no
mês de abril. Dia 23, mais precisamente. A informação ainda não foi
disponibilizada oficialmente, mas é de algum tempo que funcionários ligados ao
RH da empresa mantêm contatos curriculares e esses foram ultimados nas últimas
semanas, inclusive com a contratação de pessoas para trabalharem no Aeroporto
Prefeito Renato Moreira.
Ontem, a
reportagem checou junto a autoridades aeroportuárias a informação e esta foi
confirmada, desde que em off. Segundo a fonte, o que ainda entrava a liberação
é que a empresa pretende operar com um voo chegando de Campinas às 23 horas e
decolando às 03 da manhã. Esse voo seria direto. Como nesse horário (da
madrugada) o aeroporto está fechado, residiria aí o problema.
A
reportagem apurou que foi oferecida à Azul a disponibilização de horários em
que existem “janelas”, isto é, horários em que as outras companhias não estão
com aviões no pátio. As empresas TAM e GOL operam, cada uma, com um voo,
chegando de São Luís com destino a Brasília pela manhã. Depois das 8h30, quando
decola o voo G3-1789 (GOL), o aeroporto fica sem pouso e decolagens de
aeronaves de grande porte até às 14h40, quando chega o voo JJ 3552 (TAM). Tudo indica que neste horário não haveria
compatibilidade na malha aérea que permitisse à AZUL um melhor aproveitamento
de suas conexões. O que reforça a solicitação da Azul em operar entre 23 horas
e 3 horas é que esse horário é parte das sugestões para incrementar a aviação
dentro das diversas reuniões realizadas por autoridades aeroportuárias,
inclusive para a criação de uma nova malha aérea no nordeste.
Expectativa
pela chegada de outra empresa é grande
Em
Imperatriz e região é grande a expectativa com a possibilidade da entrada de
uma outra empresa no mercado, tudo por conta do elevado preço das passagens. -
É uma exploração, afirmou um empresário do setor de construções, lembrando que
já pagou mais de 600 reais por uma passagem de Imperatriz a São Luís. - Um
verdadeiro abuso, complementou.
Outra
situação foi relatada por um pai, que tem uma filha estudando em Minas Gerais e
um filho em Brasília. - No final das férias em janeiro, embarquei meus filhos
em Marabá. Paguei quarenta por cento do valor que seria cobrado se embarcasse
em Imperatriz. Mais que um absurdo, é um verdadeiro abuso.
Preços
abusivos
No site
das duas empresas, TAM e GOL, não é possível entender os preços praticados.
Certo é que altas tarifas sugerem alta ocupação, não é o que acontece. Em mais
de um caso, principalmente para São Luís, a baixa taxa de ocupação das
aeronaves não justifica o preço cobrado. Uma explicação para a exploração nos
preços praticados pelas aéreas contra os passageiros que se destinam a
Imperatriz e também que aqui embarcam pode residir no fato da grande procura em
virtude dos investimentos que a cidade recebe. Isto é: como a maioria dos
passageiros são funcionários dessas empresas ou com elas se relacionam,
comercialmente (têm que vir de qualquer jeito), e as passagens são bancadas por
elas (as empresas), então, tome preço alto, isto é, preços abusivos. Tem
lógica!
Empresa
fez code-share com a Trip
A chegada
da Azul em Imperatriz vai representar mais que uma simples linha de
Campinas-Imperatriz-Campinas, já que a empresa teve autorizado pela Anac um
acordo de code-share com a TRIP, isto é, um compartilhamento de voos entre as
duas empresas. A solicitação foi aprovada no final do ano que passou e já está
em operação. Assim, a soma das malhas aéreas das duas companhias disponibiliza
para os passageiros cerca de 800 voos diários para 99 destinos em solo brasileiro.
Fundador e presidente do Conselho da Azul, David Neeleman afirmou que todos só
têm a ganhar com esse acordo, principalmente os clientes, que contam com uma
ampla malha de voos, com diversas opções de conexões e frequências,
possibilitando mais comodidade para quem viaja.
No
code-share, a Azul é a empresa responsável pela comercialização dos trechos de
ambas as empresas.
Fonte: Maranhão Maravilha e Jornal O Progresso
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