Somente
os dois principais eventos internacionais já realizados no Brasil neste ano, a
Copa das Confederações e a JMJ, movimentaram cerca de R$ 2 bilhões na economia
brasileira.
Praticamente
todos os oito principais aeroportos do país tiveram crescimento na entrada de
turistas estrangeiros durante o mês de julho, segundo dados preliminares da
Polícia Federal. Juntos, eles receberam 27% mais estrangeiros em julho deste
ano do que no mesmo mês do ano passado. Foram 415 mil turistas em um único mês.
Somente
o Galeão, no Rio de Janeiro, teve aumento de mais de 30% no desembarque de
turistas vindos de outros países para este mês. O aeroporto de Guarulhos (SP)
teve crescimento de 27,6% (recebendo 40 mil estrangeiros a mais que em julho do
ano passado). Já Confins (MG), teve crescimento de 44,5% e o Distrito Federal,
alta de 16,7%. Um dos principais motivos, segundo análise da Embratur, foi a
realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro.
O
presidente da Embratur, Flávio Dino, lembra que muitos estrangeiros não descem,
necessariamente no Rio de Janeiro. “São Paulo é uma porta de entrada importante
para o turista que vem ao país, mas também outros estados receberam visitantes
que objetivavam ir à JMJ depois, porém chegaram por outros locais”, afirma. Ao
longo do ano, Guarulhos já acumula crescimento de 14% na entrada de
estrangeiros: 1,176 milhão desembarcaram por lá este ano.
Nos
oito principais aeroportos, o saldo geral de janeiro a julho já chega a dois
milhões de turistas estrangeiros, um aumento de 7%, se comparado com o mesmo
resultado do ano passado. “Caminhamos claramente para bater novamente nosso
recorde histórico de ingresso de estrangeiros, desta vez, ultrapassando os 6
milhões de turistas”, afirma Dino.
Impacto econômico
Somente
os dois principais eventos internacionais já realizados no Brasil neste ano, a
Copa das Confederações e a JMJ, movimentaram cerca de de R$ 2 bilhões na
economia brasileira. Estimativas da Embratur mostram que, em 16 partidas nas
duas semanas do torneio de futebol, foram movimentados R$ 740 milhões por toda
a cadeia turística do país, incluindo hotéis, alimentação fora do lar e
comércio informal. Já a Jornada Mundial da Juventude gerou impacto da ordem de
R$ 1,2 bilhão na economia brasileira.
“Estamos
falando de impacto direto e indireto. Nossa avaliação mostra que num curto
período, considerando esses dois megaeventos, o país terá, no mínimo, um
retorno financeiro de cerca de R$ 1,9 bilhão”, avalia Flávio Dino.
Em
relação à Copa das Confederações, os gastos de turistas, brasileiros e
estrangeiros, foi estimado pela Embratur em R$ 321,79 milhões, enquanto a FIFA
projetou os gastos de suas seleções e delegações em R$ 70 milhões. Já o efeito
indireto na economia foi de R$ 348,69 milhões. “Cada real inserido na economia
brasileira pelo turismo internacional, obviamente, tem um efeito indireto
positivo em toda a cadeia, pois demanda um maior volume de fornecimento de
insumos básicos”, explica o presidente da Embratur.
Com
um gasto médio diário de R$ 96,74, os peregrinos da JMJ gastaram cerca de R$
659 milhões durante o evento. Indiretamente, a Jornada movimentou outros R$ 587
milhões, chegando assim a mais de R$ 1,2 bi de impacto na economia.
Ao
longo de todo o ano, o turismo internacional trouxe para o Brasil quase US$ 3,5
bilhões, o valor equivale a R$ 7 bilhões pela cotação média do dólar em 2013.
Com isso, houve crescimento de 9,6% em relação ao mesmo volume de reais
deixados na economia brasileira por turistas estrangeiros no primeiro semestre
do ano passado.
Fonte: Embratur
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