Enfrentar
uma estrada de terra em um veículo 4x4, se arriscar no windsurfe, encarar o
sobe e desce das dunas para chegar a uma espécie de oásis, mergulhar em um rio
lado a lado com cavalos marinhos, experimentar peixes e sabores típicos do
Nordeste brasileiro e por fim, quando resolver descansar em uma rede, contar
com uma praia deslumbrante para emoldurar a vista. Essa sequência de atividades
pode ser feita toda em poucos dias ou ao longo de uma semana, mas não importa:
é a dose de adrenalina necessária para fazer jus ao nome Rota das Emoções.
Criado
pelo Ministério do Turismo e pelo Sebrae, o roteiro é composto por três
destinos principais e já consagrados do Nordeste brasileiro: Jericoacoara, no
Ceará, a região do Delta do Parnaíba, no Piauí e os Lençóis Maranhenses. Cada
um se destaca à sua maneira, mas todos têm a natureza como seu maior chamariz.
Além
dos passeios clássicos por lagoas, dunas, praias, trilhas e rios (como o Rio
Preguiças) a programação conta com paradas ao longo do trajeto – percorrido
geralmente em um carro com tração nas quatro rodas – em vilarejos e cidades
pequenas para conhecer o artesanato, gastronomia e a cultura das comunidades
locais. A prática de esportes radicais, como windsurfe e kitesurfe também são
atrativos do roteiro.
A
Rota oficial lista 14 municípios (Araióses, Barreirinhas, Paulino Neves, Santo
Amaro e Tutóia, no Maranhão; Jijoca de Jericoacoara, Barroquinha, Camocim,
Chaval e Cruz, no Ceará; e Cajueiro da Praia, Ilha Grande, Luis Correia e
Parnaíba, no Piauí), mas nada nessa viagem é inflexível. As agências que
promovem os passeios têm trabalhado cada vez mais com roteiros personalizados.
“As
agências já vendiam há muito tempo esse roteiro com Jeri, Delta e Lençóis, mas
não de forma tão organizada. Em 2005 o projeto começou a nascer e em 2007 a
marca e o nome ‘Rota das Emoções’ ganhou força e apoio do governo e do Sebrae”,
explica Karin Goidanich, consultora articuladora de toda o circuito desde 2005.
O
tempo disponível, interesses específicos, perfil dos turistas e, claro, o
preço, vão determinar que tipo de viagem vai ser feita na região. O trajeto
pode ser feito em sete dias ou em doze, incluir os 14 municípios ou apenas os
três principais – ou até passar em alguma outra cidade próxima que não esteja
em nenhum roteiro padronizado. Os meios de hospedagem também são bem variados:
na região, há desde pousadas mais econômicas até resorts de luxo.
Apesar
de todo o clima rústico que a Rota proporciona, não se engane quanto ao preço
da aventura. É uma viagem que exige uma estrutura complexa, já que a maioria
dos pacotes inclui todos os transportes (lancha, carro 4x4 e translados),
portanto não sai tão em conta. Mas por ter esse perfil customizado, o roteiro
pode ser planejado de forma que caiba no seu bolso. Para se ter uma ideia, um
pacote de sete dias pode custar a partir de R$ 1.400 e chegar até R$ 5.000 por
pessoa (sem o trecho aéreo incluso).
Mesmo
assim, o interesse pela região vêm aumentando - o crescimento é de cerca de 20%
ao ano, de acordo com Goidanich. “O número de turistas ainda é pequeno, mas
deixa muita receita, que é bem distribuída entre a população local – artesãos,
donos de pousadas e restaurantes”, conta a consultora.
Por
englobar três importantes Áreas de Proteção Ambiental, o roteiro não deve ser
explorado sem um mínimo de cuidado com a preservação do meio ambiente. Além
disso, toda a programação gira em torno do contato com a natureza e o social
com a comunidade.
Sabendo
de tudo isso, a missão do turista ao percorrer a Rota fica muito mais fácil: é
só aproveitar cada paisagem, apreciar todos os sabores e se deixar envolver com
as histórias e a simplicidade do povo local.
Fonte: UOL Viagem
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