O
presidente da Embratur, Flávio Dino, em entrevista ao PANROTAS, esta manhã, na
sede da editora, na capital paulista, revelou que entregou há duas semanas ao
ministro Gastão Vieira seu projeto para que o governo brasileiro tome a
iniciativa de conversar com os países sul-americanos para a criação de um
mercado comum de aviação, como existe na União Européia há mais de uma década.
Pela
proposta, empresas sul-americanas poderão operar voos domésticos no Brasil e as
brasileiras nos outros países. “Precisa haver concorrência para que sejamos
mais competitivos, será bom para o passageiro, que terá passagens mais baratas,
para o desenvolvimento dos aeroportos regionais, para o recebimento de mais
visitantes”, explicou ele.
Também
consta do projeto que haja um teto tarifário para “evitar abusos quando houver
aumento da demanda”. Mas o presidente da Embratur já sabe que a sugestão foi
mal recebida pelas aéreas e pela área do governo que cuida da aviação (SAC e
Anac, por exemplo). Sobre a participação de empresas estrangeiras no capital
das nacionais, ele sugere um meio termo: nem os 20% atuais, nem os 49% que,
segundo ele, encontram muita resistência em alguns interlocutores em Brasília.
É
o início de uma intervenção direta do governo em questões comerciais do
turismo? “Hoje a grande questão do turismo brasileiro é a competitividade.
Queremos estimular a concorrência e acompanhar a evolução dos preços.
Conscientizar o setor de que abusos de preços em momentos especiais como
grandes eventos prejudicam a imagem do País no longo prazo. Nem cogitamos
intervir com instrumentos legais. O que queremos conversar é com o setor, como
em uma câmara setorial”, explica.
Fonte: Panrotas
Nenhum comentário:
Postar um comentário