Os
20 mil trabalhadores da companhia aérea Iberia iniciaram hoje uma greve que se
prolongará até sexta-feira e é a maior da história da companhia aérea, em
protesto contra o plano de reestruturação da empresa, que prevê 3807
despedimentos.
A
greve, convocada por seis sindicatos dos trabalhadores, marca o início de
protestos que se vão prolongar até março e que incluirão outras duas
paralisações de cinco dias cada uma.
O
plano de reestruturação da empresa foi anunciado a 9 de novembro de 2012 e
prevê 3807 despedimentos ou 19% da força laboral da Iberia.
A
paralisação, à qual aderiram os funcionários de voo e de terra da Iberia,
afetará também algumas das 120 companhias a que a empresa presta serviços de
assistência em terra (handling), sendo que as mais prejudicadas serão as
companhias do seu grupo, como a Iberia Express, Vueling e Air Nostrum.
No
total, a greve obrigará ao cancelamento esta semana de mais de 1220 voos, dos
quais 415 são da Iberia (39% dos 1062 programados), 354 da Vueling (29% do
total), 357 da Air Nostrum e 96 da Iberia Express (30%).
Só
hoje foram cancelados 236 voos, dos quais 81 são da Iberia, 20 da Iberia
Express, 78 da Vueling e 57 da Air Nostrum. A Iberia conseguiu, no entanto,
recolocar a maioria dos passageiros afetados esta semana - cerca de 60 mil
entre um total de 70 mil - em voos alternativos.
A
greve dos trabalhadores da Iberia afetará ainda voos de outras companhias como
a alemã Lufthansa, que informou os passageiros que as suas rotas para e desde
Espanha poderão sofrer alterações.
Marcha
e concentração marcada para amanhã
Os
funcionários da Iberia vão realizar esta manhã uma marcha de protesto de oito
quilómetros, com início marcado para as 8h, entre a nova e a antiga zona
industrial de Barajas e realizarão uma concentração entre as 12h e as 15h no
terminal 4 do aeroporto de Madrid-Barajas.
A
direção da companhia apelou aos sindicatos para desconvocarem a paralisação por
"prejudicar os clientes".
O
Governo espanhol definiu serviços mínimos para os 15 dias de greve que
garantirão 100 % dos voos para as ilhas espanholas e 50 % dos serviços entre
cidades espanholas e estrangeiras.
Estas
paralisações deverão causar à Iberia custos superiores aos três milhões de
euros por dia que foram estimados para as greves dos pilotos no ano passado.
Fonte: Portal Expresso - Economia
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