Os
ministérios do Turismo (Mtur), e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
começaram a discutir um plano de revitalização turística para Alcântara. A
ideia é transformar o município num polo de turismo espacial, em torno do
centro de lançamentos.
O
plano se espelha no exemplo de outras bases espaciais, como Cabo Canaveral, nos
EUA, e Kourou, da Guiana Francesa, que também transformaram suas atividades em
atração turística. Para Alcântara, cidade que integra o patrimônio histórico
nacional e que viu o turismo minguar nas últimas décadas, a proposta traz uma
oportunidade de atrair turistas também para seu centro histórico.
O
plano inclui a construção de um hotel na vizinhança do Centro de Lançamentos de
Alcântara (CLA), a reforma do aeroporto da base, com a construção de um
terminal de passageiros que possa receber voos civis, e a reforma no cais do
Jacaré, principal ponto de embarque e desembarque de passageiros que vêm e vão
entre São Luís e Alcântara, que hoje funciona com limitações. “Essa é uma grande
reivindicação da população de Alcântara. Hoje o atracadouro do Jacaré já não
atende mais, as lanchas têm problemas mecânicos e até de segurança”, afirmou o
ministro Gastão Vieira (Mtur).
Em
uma reunião com Marco Antonio Raupp (MCTI) e o presidente da Agência Espacial
Brasileira, José Raimundo Mussi, o ministro do Turismo propôs que as lanchas da
Aeronáutica que trazem os funcionários da base espacial possam ser usadas pela
população civil em dois horários ao longo do dia. Ao mesmo tempo, seriam feitos
reparos no atracadouro existente.
“Nós
ofertaríamos à população um novo meio de transporte, mais moderno, que
aliviaria muito a tensão que todo mundo tem por falta de deslocamento”,
prosseguiu o ministro. Paralelamente caminharia o projeto de construção de um
cais em Cujupe, a 14 km de Alcântara, que atenderia tanto ao programa espacial
quanto à população civil.
A
proposta também visa consolidar a reaproximação da agência espacial com o
município, após um relacionamento tenso no passado. “As operações de lançamento
têm características específicas, mas fora das campanhas de lançamento não há
problema nenhum em usar as instalações durante o resto do ano”, afirmou Marco
Antonio Raupp.
Fonte: G1